Primeira fase do projeto de hidrogênio verde da Austrália Fortescue no Pecém é aprovada

SÃO GONÇALO DO AMARANTETECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Fonte: Agência GOV/SEMACE

10/14/20242 min ler

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, assinaram, em Brasília, na última quarta-feira (9), uma resolução que autoriza a primeira fase do projeto de produção de hidrogênio verde (H2V) da empresa australiana Fortescue. O investimento total está estimado em US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 20 bilhões), e a planta será instalada no Setor 2 da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, em uma área de 121 hectares. A iniciativa faz parte do plano estratégico do estado de liderar a transição energética no Brasil e no mundo.

A aprovação da resolução pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) foi um passo crucial para o início das operações. Segundo o governador Elmano, esse marco coloca o Ceará na vanguarda da produção de hidrogênio verde em grande escala. "Temos um investimento inicial de R$ 100 milhões para a terraplanagem da usina, e essa aprovação nos permite sonhar em fazer do Ceará um grande polo de H2V", destacou o governador.

Em julho deste ano, a Fortescue já havia anunciado que as obras de terraplanagem estão programadas para começar até o final de 2024, reforçando o compromisso com o cronograma de instalação. A planta terá capacidade para produzir 500 toneladas de hidrogênio verde por dia, utilizando 1,2 gigawatts de energia proveniente de fontes renováveis, como solar e eólica. A expectativa é que a fase de implantação gere até 5 mil empregos diretos.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, celebrou a aprovação, destacando o papel do Ceará na transformação energética global. "No Porto do Pecém, nós temos uma das principais ZPEs do Brasil e aprovamos esse projeto importantíssimo que vai tornando o Ceará a capital da energia limpa, da energia renovável e do desenvolvimento”, afirmou.

Além dos benefícios ambientais, o projeto conta com incentivos administrativos e tributários garantidos pelo regime de ZPEs no Brasil. Esses incentivos incluem a suspensão de impostos como IPI e Pis-Cofins para a compra de máquinas e insumos destinados à exportação, aumentando a competitividade no mercado internacional.